Morreu na madrugada de hoje aos 84 anos Jô Soares. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 28 de julho. A informação foi confirmada por sua ex-mulher Flávia Pedras nas redes sociais. A pedido do próprio José Eugênio Soares, a causa da morte não será divulgada, pois ele queria discrição nesse momento. O corpo de Jô Soares deixou o hospital na manhã de hoje. O velório está sendo realizado agora para familiares e amigos próximos, e não será aberto ao público.
Vida e início da carreira.
José Eugênio Soares nasceu no dia 16 de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro. Filho único do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares, com apenas 12 anos ele se mudou com a família para a Europa, onde pensou em seguir a carreira diplomática. Estudou em colégios renomados como o Colégio de São Bento, no Rio, Colégio São José, em Petrópolis, e no Lycée Jaccard, em Lausanne, na Suíça, mas seu amor pelo teatro falou mais alto. “Sempre quando ia ao teatro, assistir a shows, ia para a coxia ver como era. E já inventava números de sátira do cinema americano; fazia a dança com os sapatinhos que eu calçava nos dedos”, disse ele. No ano de 1956, Jô fez sua estreia na televisão no elenco da “Praça da Alegria”, na Record TV, onde ficou por aproximadamente 10 anos. Em 1959, interpretou um americano no filme “O Homem de Sputinik”, dirigido por Carlos Manga e estrelado por Oscarito. No mesmo ano, escrevia para um programa da TV Continental chamado “TV Mistério, que tinha no elenco Paulo Autran e Tônia Carreiro.
Ainda na Record TV, Jô fez outros diversos programas. “Família Trapo”,de 1967, foi um dos primeiros que assinou como criador, ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega. Além disso, ele escreveu para programas como “Simonetti Show”, apresentou “Jô Show” e esteve envolvido com “Show do Dia 7” e “Você é o Detetive”. “Consegui fazer ao mesmo tempo as três emissoras que tinham no Rio”, recorda.
Em 1965 ele protagonizou a única novela da sua carreira, a “Ceará contra 007” (Record TV), a comédia de maior audiência no Brasil na época. Seu primeiro humorístico da TV Globo aconteceu apenas em 1970, com o “Faça Humor, Não Faça Guerra”, que virou um marco com piadas curtas e cortes secos. Jô Soares interpretava, entre outros, o Bêbado, o professor Gengir Khan, o Irmão Thomas, Manchetão e, um dos seus maiores sucessos, a espevitada Norminha, uma jovem cantora hippie.
“Era um formato totalmente diferente. Era de quadros, mas quadros curtos, alinhavado por piadas e por dança, com músicas da época. Tinha quadros que as pessoas lembram até hoje”, disse ao Memória Globo. “O ‘Faça Humor’ ficou quase quatro ano no ar. A gente criava uma média de vinte e tantos personagens por ano.
Três anos depois, o programa foi substituído pelo “Satiricom”, em que Jô também trabalhava como ator e redator. Depois, ele passou a integrar a equipe do “Planeta dos Homens”, que ficou no ar entre 1976 e 1982. Jô deixou o programa em 1981, para fazer sua primeira empreitada solo: “Viva o Gordo”. No “Viva o Gordo”, Jô viveu personagens icônicos, como o Reizinho, que satirizava a situação política do país, e o Capitão Gay, super-herói que usava um uniforme rosa. Ao mesmo tempo, ele apresentava um quadro no Jornal da Globo.
“O meu humor tem sempre um fundo político, uma observação do cotidiano do Brasil. Meus personagens são muito mais baseados no lado psicológico e no social que na caricatura pura e simples. Eu nunca fiz um personagem necessariamente gordo. Eles são gordos porque eu sou gordo.
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